O ponto alto da solenidade de abertura do XV Congresso Nacional dos Jornalistas de Imagem em Salvador, no dia 27 de setembro, coube ao presidente da Arfoc-Brasil. Luiz Hermano Abbehusen entregou ao diretor da Arfoc-Rio Daniel Andrade o título de Honra ao Mérito pelos 45 anos dedicados ao exercício da profissão e pelos relevantes serviços prestados aos jornalistas de imagem como sócio fundador da Arfoc-Brasil.
Andrade também foi homenageado pelo presidente da Arfoc-Rio, Alberto Jacob Filho, de quem recebeu uma placa com o título de Sócio Benemérito pelos 45 anos dedicados à profissão e pelos relevantes serviços prestados aos jornalistas de imagem como diretor da Arfoc-Rio.
Na cerimônia, Luiz Hermano entregou ao presidente da Arfoc-Bahia, Roque Leônidas, o título de Honra ao Mérito em homenagem à Associação dos Repórteres Fotográficos e Cinematográficos da Bahia pelos 70 anos de existência, dedicação e defesa dos jornalistas de imagem e do Jornalismo.
O presidente da Associação Bahiana de Imprensa (ABI), Walter Pinheiro, destacou que a entidade está aberta ao diálogo e à discussão de assuntos importantes para os jornalistas de imagem. Já o presidente da Arfoc-Bahia, Roque Leônidas, disse que o avanço tecnológico e a precarização nas relações de trabalho deixa o mercado cada vez mais desafiador.
A vice-presidente do Sindicato dos Jornalistas do Estado da Bahia, Fernanda Gama, parabenizou os cinefotojornalistas. Ela frisou que a nova diretoria do Sindicato está atenta às questões desses profissionais.
No dia seguinte, houve assembleia e todas as propostas apresentadas foram discutidas e aprovadas pelos delegados dos estados que participaram.
Carta do XV Congresso Nacional de Jornalistas de Imagem
Reunidos em Salvador, os fotojornalistas e os cinefotojornalistas vêm a público manifestar sua preocupação com a atual crise do Jornalismo e apontar caminhos para a superação da conjuntura atual.
Imagens manipuladas ou efetuadas por pessoas com pouco ou nenhum conhecimento da importância das imagens em um contexto histórico têm sido publicadas em diversos meios de comunicação, principalmente nas redes sociais, onde milhões de pessoas são influenciadas e repassam as inverdades como se fossem verdades absolutas.
Estamos imersos em mais uma crise do capital, caracterizada pela escassez de frentes de trabalho, desmantelamento da estrutura sindical e do espírito associativo, o que tem levado a uma competitividade exacerbada e a uma concorrência desleal, que beneficia somente um pequeno grupo. As novas tecnologias obrigam os profissionais da imagem a renovar seu equipamento periodicamente para poder se situar no mercado de trabalho.
Temos sido agredidos de todas as formas, seja por um aparato repressivo extremamente violento e despreparado, seja por ativistas desesperados e equivocados que manifestam suas frustrações em trabalhadores que somente cumprem suas tarefas no dever de informar. Tem havido um aumento significativo de casos de agressões, principalmente após as manifestações de 2013. Nossa tarefa, nossa missão é trazer a notícia, através de imagens feitas em frações de segundos. Temos de ter muita responsabilidade na transmissão de nossas imagens, afinal cada uma delas vai contar uma história e ficar para a história. Daí a nossa importância, daí a necessidade de preparação do profissional dentro de um aprimorado conhecimento teórico.
O fotojornalismo não morreu, está mais vivo do que nunca, necessita de novos caminhos, novas soluções, nos novos tempos envelhecidos do século XXI.
É necessário trazer de volta o espírito associativo em que a fraternidade substitua o individualismo exacerbado. Em que o companheirismo volte a prevalecer e o concorrente não seja mais visto como um inimigo e a ser eliminado.
Basta de divisionismo, precisamos de unidade.
Salvador, 28 de setembro de 2019.